
O DICOM há muito tempo deixou de ser apenas um protocolo para captura de imagem. Ele evoluiu — e hoje representa uma verdadeira revolução na forma como integramos dados e imagens na medicina diagnóstica.
Minha primeira experiência com DICOM foi em 2001. Me deparei com manuais imensos, com mais de mil páginas, e pouquíssima aplicação prática. Lembro até hoje das imagens em 5 bits, 11 bits e outros formatos nada amigáveis… e pensei: “não é o momento ainda” (risos).
Mas em 2009, voltei a me dedicar ao projeto. O cenário era outro: os equipamentos de ultrassom já vinham com o protocolo DICOM integrado, e isso abriu portas para desenvolver soluções mais funcionais e aplicáveis na prática clínica. Com o tempo, ganhamos know-how e hoje conseguimos entregar ferramentas completas, eficientes e acessíveis para os nossos clientes.
Para muitos médicos e clínicas, o simples fato de poder transferir imagens em alta definição sem precisar de placa de captura já é um ganho enorme. Nada de cabos complicados, pedais ou algo mais — tudo é feito por cabo de rede, com alta qualidade e sem perdas.
Mas o DICOM vai muito além disso.
Com o DICOM SR (Structured Report), é possível transferir automaticamente as medidas feitas no equipamento diretamente para o laudo, integrando com o Laudos Flex ou Laudos UX. Isso acelera consideravelmente o processo de preenchimento dos exames e reduz erros.
Outro recurso poderoso é o DICOM Worklist, que envia a agenda do dia direto para os equipamentos. Assim, o paciente já aparece no visor do aparelho, evitando digitação manual e aumentando a segurança do atendimento.
E para clínicas que usam PACS, temos ainda uma vantagem extra: é possível enviar o laudo já pronto, encapsulado, de volta para o servidor — o exame completo, com imagem e conclusão, integrado de ponta a ponta.
Texto por: Móises Nogueira – CEO Medware Sistemas Médicos